segunda-feira, 3 de setembro de 2012

O uso das velas.

 

Dentro da magia universal as velas foram sempre utilizadas na maior parte dos rituais em que se precisa realizar algum contato com forcas superiores ou inferiores, isto, claro, dependendo da moral de quem vai se utilizar das forças mágicas, já que magia não pode ser distinta de forma especifica em branca ou negra, pois estes aspectos são facetas interiores daquele que pretende mobilizar certas forças cósmicas.

Não temos uma noção exata, de quando se iniciou o uso das velas
religiosamente, mas seja em uma vela feita em parafina, cera, ou uma
lamparina, esta chama possui um calor e luz, e faz assim chamar a nossa
atenção para irmos de encontro com o nosso íntimo, buscarmos respostas e entrarmos em sintonia com os seres que nos são afins.

A maioria de nós já fez um primeiro ritual com velas, por volta dos três
anos de idade. Lembra-se dos seus primeiros aniversários? Soprar as velas do bolo e fazer um pedido? Este costume da infância baseia-se em dois princípios mágicos muito importantes: a concentração e o uso de um símbolo para focalização.

Em termos simples quer dizer que se você quer que algo aconteça, precisa
primeiro se concentrar (fazer o pedido) e então associar o seu desejo mágico ao ato simbólico de soprar as velas. A força de sua vontade faz o sonho realizar-se. Técnicas análogas são usadas na magia e no ritual das velas.

A casa do sonho de qualquer arquiteto, o livro de sucesso de qualquer
escritor, e a obra-prima de qualquer pintor foi primeiro concebida na
imaginação, na mente do artista. Assim, todo ato cumprido, todo resultado perfeito do trabalho mágico é primeiro praticado e finalizado na mente do mago. Os atos rituais que se seguem são destinados a agir como agentes solidificadores para concretizar uma forma de pensamento projetada e enviada pela mente de quem acende a vela. Em essência, o ritual age como o impulso que traz o pensamento, desde a imaginação completada até a manifestação física no plano material.

A chama da vela é a conexão direta com o mundo espiritual superior, sendo que a parafina atua como a parte física da vela ou símbolo da vontade, e o pavio a direção.

As velas vieram para a Umbanda por influência do Catolicismo.

Nos terreiros, há sempre alguma vela acesa, são ponto de convergência para que o umbandista fixe sua atenção e possa assim fazer sua rogação ou agradecimento ao espírito ou Orixá a quem dedicou.

Ao iluminá-las, homenageia-se, reforçando uma energia que liga, de certa
forma, o corpo ao espírito.

A função da uma vela, que já foi definida como o mais simples dos rituais,
é, no seu sentido básico, o de simplesmente repetir uma mensagem, um
pedido. Passo fundamental no ritual de acender velas. O pensamento mal-direcionado, confuso ou disperso pode canalizar coisas não muito positivas ou simplesmente não funcionar. Diz um provérbio chinês: "cuidado com o que pede, pois poderá ser atendido". A pessoa se concentra no que deseja e a função da chama é o de repetir, por reflexo, no astral, a vontade e o pedido do interessado. Existem diversos fatores dentro da magia no tocante ao numero de velas a serem acesas e outros detalhes.

O ato de acender uma vela deve ser um ato de fé, de mentalização e
concentração para a finalidade que se quer. É o momento em que o médium faz uma "ponte mental", entre o seu consciente e o pedido ou agradecimentos à entidade, Ser ou Orixá, em que estiver afinizando.

Muitos médiuns acendem velas para seus guias, de forma automática e
mecânica, sem nenhuma concentração. É preciso que se tenha consciência do que se está fazendo, da grandeza e importância (para o médium e Entidade), pois a energia emitida pela mente do médium, irá englobar a energia ígnea (do fogo) e, juntas viajarão no espaço para atender a razão da queima desta vela.

Sabemos que a vida gera calor e que a morte traz o frio. Sendo uma chama de vela cheia de calor, ela tem amplo sentido de vida, despertando nas pessoas a esperança a fé e o amor.

Quem usar suas forças mentais com ajuda da "magia" das velas, no sentido de ajudar alguém, irá receber em troca uma energia positiva; mas, se inverter o fluxo de energia, ou seja, se o seu pensamento estiver negativado (pensamentos de ódio, vingança, etc.), e utilizar para prejudicar qualquer pessoa, o retorno será infalível, e as energias de retorno serão sempre maiores, pois voltarão com as energias de quem as recebeu.

A intenção de acendermos uma vela gera uma energia mental no cérebro; e essa energia que a entidade irá captar em seu campo vibratório. Assim, mais uma vez podemos dizer que: nem sempre a quantidade está relacionada diretamente à qualidade, a diferença estará na fé e mentalização do médium.

Desta forma, é inútil acreditar que, podemos "comprar favores" de uma
entidade, negociando com um valor maior de quantidade de velas. Os espíritos captam em primeiro lugar, as vibrações de nossos sentimentos, quer acendamos velas ou não!

Seria bom se ao menos semanalmente acendêssemos uma vela branca (ou sete dias), para nosso Anjo de Guarda. É uma forma de mantermos um "laço íntimo", de aproximação.

Em contrapartida, aconselhamos que caso se deseje acender velas para um ente querido, já desencarnado, se faça em um lugar mais apropriado (cruzeiro das almas do terreiro, cemitério, igreja) e não dentro de vossas casas; isto porque, ao mentalizarmos o desencarnado, estamos entrando em sintonia com ele, fazendo a ponte mental até ele, deixando este espírito literalmente, dentro de nossas casas. O que não seria o correto, pois estaríamos fazendo com que fique mais "preso" ao mundo carnal, atrasando assim a sua evolução espiritual. Agora ao fazermos isso em um local apropriado, estes locais já possuem "equipes de socorristas" e doutrinadores, os quais irão ajudá-lo na compreensão e aceitação de seu desencarne (morte).

A cera natural, vinda das abelhas, é impregnada dos fluidos existentes nas flores, em grande quantidade. Este elemento, vindo da natureza, é utilizado na prática do bem e do mal, como matéria-prima poderosa para somar-se com os teores dos pensamentos, tornando eficaz o trabalho e o objetivo ao qual se propõe.

Comparada a uma bateria, uma pilha natural, a cera sempre foi utilizada em larga escala na magia.

É considerada, na espiritualidade, como uma das melhores oferendas por ter, em sua formação, os quatro elementos da natureza ativos, desprendendo energia. O fogo da chama, a terra e água (através da cera), o ar aquecido queimando resíduos espirituais.

Existem de várias formas, tamanhos e cores, mais qualquer uma delas será aceita se oferecida de coração puro.

Existem, além das velas de tamanho comum, as de 1 hora, 3 horas,
7 horas, 3 dias, 7 dias e 21 dias.

Basicamente são de cera ou parafina, sendo que as melhores velas são as de cera.
A vela branca pode substituir qualquer uma das acima mencionadas.
Recomendações Materiais:

1. As velas deverão ser colocadas dentro de um bujão de barro com areia, de forma que mesma a vela caindo ficará no interior do bujão e na areia, assim, evitando acidentes.

2. Se você costuma comprar grandes quantidades de velas nunca as deixe
expostas diretamente ao sol, podem aquecer-se e perder sua forma tanto como sua cor. A melhor forma de guardá-las, quando não se usam, é em um lugar escuro, seco e frio, envoltas em papel fino para que não se toquem umas com as outras. Se suas velas estão opacas basta esfregar com uma meia fina de nylon ou seda.

3. Nunca acenda velas perto das cortinas que podem voar com
uma corrente de ar e provocar um incêndio.

4. Nunca tente apagar a vela que se incendiou com água, mas sim abafando para cortar o suprimento de oxigênio.

5. Se a vela está com chama muito pequena, retire um pouco de cera ao
redor do pavio e torne a acendê-la.

Recomendações Espirituais:

1. Nunca usar velas quebradas.

2. As velas usadas para um objetivo nunca devem ser usadas de novo, mas devem ser deixadas queimar. A cada novo objetivo, novas velas.

3. Uma coisa é essencial, e essa coisa é o silêncio. A magia das velas
requer concentração, e você não poderá se concentrar com o ruído de fundo perturbando seus pensamentos.

4. Acenda sempre a vela mais alta primeiro. Caso sejam cores variadas
acenda sempre a vela branca antes de todas as outras.

5. Desejos de bem comum em que as velas são acesas por várias pessoas,
como em um casamento, festa de final de ano ou festas coletivas poderão ser acesas uma vela com a luz da outra.

6. Velas acendidas para alcançar desejos individuais, mesmo que
estejamos em grupos deverão ser acesas cada qual com seu fósforo.

7. Antes de acendê-la, segure-a entre as mãos e mentalize precisamente o que deseja. A vela, ao ser impressa com o seu desejo, torna-se um
receptáculo desse desejo.

8. Depois que sua vela terminou de queimar não atire os restos no lixo, mas sim no verde.

9. Nunca utilize restos de velas que atenderam a um determinado pedido
seu para fazer velas para outras pessoas e vive-versa.

10. Quando acender uma vela, use sempre fósforo, nunca isqueiro, a ação de "riscar" o fósforo é simbólica.


As velas e as cores
Vela Branca

A mais pura das velas, a vela branca é inspiração para o despertar da espiritualidade e a ascensão da consciência. Ligada aos chakras superiores, serve ao despertar da pureza essencial do homem. A vela branca também representa a mãe, sendo excelente para despertar e fortalecer a imaginação, a criatividade e a fertilidade. Protege as crianças desde o útero materno até os oito anos. Reforça os laços familiares, representando a harmonia e pureza no lar. Ela purifica todo o organismo, mas ajuda principalmente na cura de doenças estomacais, das glândulas mamárias, do sistema linfático, do sistema nervoso central e do parassimpático. Protege as menstruações, a gravidez e os partos.

Vela Laranja

Esta vela representa o Sol e deve ser utilizada para agradecimento a Deus. Ela incentiva a criatividade, as atividades artísticas e desportivas. E uma revitalizadora de todo o organismo, mas ajuda principalmente a proteger e restabelecer o coração, a coluna vertebral, o baço, o duodeno, a vista e a fertilidade. É excelente auxiliar para quem quer receber luz, espiritualizar-se e aumentar seu poder mental.

Vela Vermelha

Interessante lembrar que esta é uma das velas mais utilizadas em magias ciganas e é a mais ligada à beleza física e à sensualidade. A vela vermelha nos concede autoridade, vitalidade e paixão. Ela nos protege de acidentes e de situações de violência e perigo físico. E a melhor ajuda para a proteção de entes queridos. Auxilia em qualquer intervenção cirúrgica. Traz vitalidade a todo o corpo, mas protege principalmente a cabeça, o rosto, os órgãos sexuais, as vias urinárias, os rins, as glândulas supra-renais, a circulação sangüínea e as secreções biliar e hepática. Ajuda a conectar com o chakra básico e com as forças terrestres. Vela importante quando queremos nos conectar com seres e forças do plano material.

Vela Amarela

Esta vela nos permite dar forma e movimento a nossas idéias. É a vela dacomunicação. Representa a ordem, o raciocínio e a lógica. Protege especialmente os pulmões e os brônquios, a respiração, o sistema cerebral e suas ramificações nervosas, a língua, os ouvidos, os intestinos, os braços e as mãos. Ela ajuda a vencer a timidez e favorece as relações sociais. Intensifica a memória, a agilidade mental, a eloqüência e a capacidade de entender entrelinhas. Também ajuda na cura de doenças psicossomáticas.

Vela Rosa

Por estar muito ligada às forças do coração, esta vela atrai seres e forças ligados a este plano sutil. A vela rosa simboliza o amor incondicional e as relações regidas por afeto intenso. Provoca a atração e desperta a sensibilidade e os sentimentos nobres e puros. Protege o tato, a sensibilidade, o metabolismo, as funções renais, os órgãos sexuais femininos, a região lombar, a derme e o cabelo. Ela concede a harmonia necessária que deve haver entre as funções orgânicas. Evita o contágio e a propagação das doenças venéreas,assim como a depressão.

Vela Violeta


Violeta é a cor da espiritualidade e a cor de Saint Germain, mestre ascensionado da Chama Violeta que auxilia na queima do karma. Ligada ao chakra do fogo, ajuda na purificação de nosso ser. Ela aumenta a nossa capacidade de sacrifício e a perseverança. Protege os missionários e os imigrantes. Atua sobre o pâncreas e o metabolismo endócrino, na circulação arterial e depuração do sangue. Evita processos infecciosos. Protege os pés, a pele, os músculos e as cadeiras. Auxilia para que as pessoas se livrem de diversos tipos de vícios: cigarro, álcool, drogas, fármacos e as depressões suicidas induzidas por este tipo de dependência.

Vela Verde

Ligada ao chakra Svadhistana, ou seja, o chakra dos desejos, esta vela ajuda na realização de nossos sonhos e metas. E também a vela que desperta a vitalidade e recupera a energia vital, sendo aconselhável acendê-la quando nos sentimos exauridos e esgotados. Também utilizada em ritos para alcançar a fertilidade, a abundância e a fartura. A vela verde está ligada ao mundo material, posto que o verde é a cor da natureza. Ela simboliza a estabilidade, a fidelidade, a constância, a responsabilidade, a perseverança, a longevidade, o êxito na profissão, a sabedoria e a transcendência. Protege os idosos e ajuda a evitar as doenças senis. Atua sobre os ossos, os dentes, a hipófise, as ramificações neurológicas e todas as partes do organismo consideradas frágeis e delicadas.
 
Vela Preta

É sempre bom lembrar que a cor preta é uma espécie de esponja que atrai para si praticamente qualquer coisa. Isso se aplica a roupas e, naturalmente, a velas. Por isso, a vela preta deve ser utilizada somente em rituais esotéricos e por um iniciado, pois ele saberá exatamente que tipo de forças está atraindo.

Vela Azul


Quando azul claro, desperta interiorização, tranqüilidade, paz e harmonização. Abre as portas do mundo oculto, tornando fácil a comunicação astral. Ótima na luta contra o medo. Quando o azul é mais profundo, representa o prazer de viver e tudo aquilo que nos desperta gosto pela vida. Ela estimula a sensualidade, a auto-estima e induz à conquista amorosa. Ela protege a garganta, a laringe, a faringe, a tireóide, a língua, as cordas vocais e a fala, o paladar, a Trompa de Eustáquio, o cerebelo, as vértebras cervicais e a nuca.

sábado, 25 de agosto de 2012

O que são Orixás?



Orixás são elementos da natureza, cada orixá representa uma força da natureza.
Quando cultuamos nossos orixás, cultuamos também as forças elementares oriundas da água, da terra, do ar, do fogo, etc. Essas forças em equilíbrio produzem uma enorme energia (asé), que nos auxilia em nosso dia a dia, ajudando para que nosso destino se torne cada vez mais favorável.
Sendo assim, quando dizemos que adoramos deuses, nós nos referimos a estarmos adorando as forças da natureza, forças essas pertencentes a criação do grande pai. Pai esse conhecido por nós como "Ólorun"ou Olodumaré (Deus supremo).

No Brasil, erroneamente,  diz-se que Oxalá é o pai maior. Na verdade, Oxalá é um dos mais velhos, Orixá Fun Fun* (Nota: quando nos referirmos a Ifá/Iyami, a fim de não criar confusões, pedimos que visitem o nosso portal Matriz Afro para ter esclarecimentos mais abrangente e técnicos sobre a senhoridade e Cronologia) Orisála por ser sincretizado no Brasil com Jesus Cristo, é cultuado como  "Orisá maior",  no Brasil o mais respeitado e o mais velho entre os Orixás.

A grande maioria das nações africanas anterior a era cristã, conheciam a existência de Ólorun como grande criador, ser fundamental.

Acreditamos que nosso Deus "é o todo". E o todo é a natureza e seus integrantes, (animais, vegetais, homens, planetas, etc.)

Nota: Olorun está acima da vaidade pessoal e de religiões que buscam sempre monopolizar o seu poder.

Nosso Deus jamais pune seus filhos tão pouco condena-os a fogueira eterna, também nunca os entregou ao seu maior inimigo (Satanás) após cometer erros divinos chamado de pecados eternos, nosso deus não destrói países e não aniquila civilizações de filhos amados por ciúmes quando não adorado, amado ou seguido...
Como pai, jamais deixaria de perdoar meus filhos, tão pouco condenaria-os ao extermínio por erros que cometem ou possam cometer.

O verdadeiro pai perdoa, ensina, ama e protege seus filhos.
Portanto nosso deus é um pai mais perfeito que qualquer outro pai...

Como já havíamos comentado, nosso panteão nada mais é que a junção das energias de todo os elementos da natureza, cada elemento e força da natureza é por nós representado por um Orixá...

Aprendemos a sentir e manipular essas energias individualmente através de cada Orixá, os seguidores iniciados(iyawos) sobre a influência de um Orixá, específico,detém mais energia do seu influente que os filhos de outros Orixás.

Exemplo: Os filhos de Ossain possuem mais energia voltada para as curas e plantas do que os  filhos de Ogun que possuem por sua vez, detém mais energia voltado a armas, metais, ferramentas, etc.

Em resumo, quase todos os Orixás tiveram uma curta passagem pelo nosso mundo, sendo muitos ancestrais divinizados que após fatos heróicos ou divinos, e por possuerem energia extrema, maior que a capacidade humana poderia suportar, encantaram-se e/ou retornaram ao Orun (céu), deixando para nós, segredos e ensinamentos, encurtando a ligação do material ao espiritual. Ligação essa, que nós preservamos e usamos não só para nós, mas também para as pessoas que nos procuram, mesmo sem ter ligações diretas com a religião. Essas ligações são em sua grande maioria revelados por IFÁ, cujo veremos na parte relacionado a Odús.

Em nossa religião, é fundamental a integração com a natureza, pois quanto maior o contato com a natureza, maior será seu desenvolvimento, sua energia, seu asé e portanto, maior será o cordão (elo) de ligação com seu Orixá aproximando mais de olorum(Deus criador/construtor de todo o universo).

Orixá significa também o caminho que nos guia em determinados pontos de nossas vidas, caminhos revelados por Ifá onde se faz necessário o devido culto para que os que dele pertencem seguir e equilibrar sua energia durante o tempo que permanecerá no aiye (terra).
Entre todos Orixás, salientamos o de maior e incontestável importância que é ORI, seu Deus pessoal, sua identidade, sua conciência viva e presente, que antes de tudo deve ser muito bem cuidada, alimentada  e equilibrada para que se possa ter a consiência e o o equilíbrio mental para possuir ou ser conduzido na Energia pura de Orixá
(Orisá).
Finalizando: energia = natureza; natureza = Orixá; Orixá = caminho

ASSIM:

Orixás são elementos da natureza, e cada Orixá representa uma força da natureza. Quando cultuamos os Orixás, cultuamos também as forças elementares oriundas da água, da terra, do ar, do fogo, etc.

Essas forças em equilíbrio produzem uma enorme energia (axé), que nos auxilia no nosso dia a dia, ajudando para que o nosso destino se torne cada vez mais favorável. Assim sendo, quando dizemos que adoramos Deuses, nós referimo-nos a adorar as forças da natureza, forças essas pertencentes á criação do grande Pai. Pai esse conhecido por nós como “Olorum” (Deus Supremo).

A grande maioria das nações africanas, anteriores à era cristã, conheciam a existência de Olorum como o grande criador, o Ser Fundamental.
Olorum “é o Todo”. E o todo, é a natureza e os seus integrantes, (animais, vegetais, homens, planetas, etc.). O panteão dos Orixás não é mais do que a junção das energias de todo os elementos da natureza, e cada elemento da natureza é representado por um Orixá.

Aprendemos a sentir e a manipular essas energias individualmente através de cada Orixá. Os filhos nascidos sobre a influência do Orixá detém mais energia do seu Orixá influente que os filhos de outros Orixás.
Exemplo: os filhos de Ossanha possuem mais energia voltada para as curas e plantas do que os filhos de Oxum que possuem por sua vez mais energia voltada aos sentimentos, à magia etc.

Na nossa religião, é fundamental a integração com a natureza, pois quanto maior for o nosso contacto com a natureza, maior será o desenvolvimento, a energia, o axé e, portanto, maior será o elo de ligação com o nosso Orixá, aproximando-nos mais de Olorum (deus criador/construtor de todo o universo).

Quem são os Orixás

Os Orixás foram os primeiros seres que habitaram a Terra, e dividem-se em duas qualidades: os Orixás Funfuns e os Orixás de Predominância. Em total existem 401 Orixás.

Orixás Funfuns

Os Orixás Funfuns são os seres que criaram o nosso universo e, por consequência, o nosso amado planeta Terra. Podemos citar alguns deles: Olorum, Aorum, Oorum, Pavenã, Aganju, Olodumarê, Afefé, Oloxum, Odudua, Tempo, Ifá, Obatalá etc.

Orixás de Predominância

São aqueles que descenderam dos Orixás Funfuns (Branco), e a sua função era povoar o planeta, espalhando semelhantes por todo o mundo.
Durante a sua estadia na Terra, os Orixás tiveram muitas aventuras fantásticas, devido à sua força sobre os elementos da natureza. Muitas das suas façanhas e ensinamentos são citadas em lendas.

Após a sua passagem pela Terra, os Orixás de predominância recolheram-se em Orum, de onde têm como função auxiliar os seus semelhantes na Terra – a humanidade – em busca da evolução e da comunhão universal. Para assistir aos desencarnados, os Orixás contam com o auxílio dos seus Servidores (cadeia de espíritos de luz em diferentes estágios de evolução.






Oráculo

O oráculo é a resposta dada pela Divindade a uma questão pessoal através de artes divinatórias.
Por extensão, o termo oráculo por vezes também designa o intermediário humano consultado, que transmite a resposta e até mesmo, no Mundo Antigo, o local que ganhava reputação por distribuir a sabedoria oracular, onde era notada a presença Divina sempre que chamada, que passava a ser considerado solo sagrado e previamente preparado para tal prática.
"Consultando o oráculo" por John William Waterhouse, exibe oito sacertotisas num templo de profecia.
As civilizações antigas consultavam oráculos para diversas finalidades.
Na mitologia escandinava, Odin levou a cabeça do deus Mimir para Asgard para ser consultada como oráculo.
Na tradição chinesa, o I Ching foi usado para adivinhação na dinastia Shang, embora seja muito mais antigo e tenha profundo significado filosófico.
Os oráculos gregos constituem um aspecto fundamental da religião e da cultura gregos.
O oráculo é a resposta dada por um deus que foi consultado por uma dúvida pessoal, referente geralmente ao futuro.
Estes oráculos só podem ser dados por certas divindades, em lugares determinados, por pessoas determinadas e se respeitando rigorosamente os ritos: a manifestação do oráculo se assemelha a um culto.
Além disso, interpretar as respostas do deus, que se exprime de diversas maneiras, exige uma iniciação.
Por extensão, o termo oráculo designa tanto a divindade consultada como o intermediário humano que transmite a resposta, e ainda o lugar sagrado onde a resposta é dada.
A língua grega distingue estes diferentes sentidos: entre numerosos termos, a resposta divina pode ser designada por χρησμός - khrêsmós, literalmente o fato de informar.
Pode-se também dizer φάτις - phátis, o fato de falar. O intérprete da resposta divina é freqüentemente designado por προφήτης - prophêtê, aquele que fala em lugar (do deus), ou ainda μάντις - mántis.
Por fim, o lugar do oráculo é χρηστήριον - kherêstêrion. A mancia, isto é, o domínio da adivinhação, não é, no mundo grego antigo, constituído só pelas ciências oraculares.
Os adivinhos como Tirésias são considerados personagens mitológicos: a adivinhação, na Grécia, não é assunto de mortais inspirados mas de pessoas que respeitam determinados ritos, embora a tradição tenha podido dar a impressão de tal inspiração, ou, literalmente, ἐνθουσιασμός - enthousiasmós, entusiasmo, isto é, o fato de ter deus em si.
Objetos tais como moeda, cartas (tarô), búzios podem ser meios de consulta do oráculo.

domingo, 19 de agosto de 2012

Cartas Ciganas




SIGNIFICADO DAS CARTAS CIGANAS

1 - CAVALEIRO – Concretizações e realizações - Um homem montado no cavalo caminhando em uma estrada em busca da felicidade. Ele é o mensageiro, movimento e adaptação. Percorre caminhos desconhecidos que o levarão a concretizar o mais ousado projeto. Cigano: Igor
2- TREVO – Obstáculos - Alerta, cuidado, algo não vai bem. Hora de analisar para detectar o que está fora do equilíbrio. Período difícil, onde teremos que lutar muito para superar os obstáculos.
3 – MAR – Mudança de vida para melhor - Viagem, mudança de vida, saúde, a água do nosso corpo, buscar a praia para se energizar. Cigana: Yasmim
4 – CASA - Equilíbrio, o Lar - É o lugar que o consulente vive as pessoas dentro de sua casa e vizinhanças. Segurança, equilíbrio e a proteção afetiva que necessitamos para atuar no mundo o obter sucesso. Nosso lar, família, parentes, amigos próximos.
5 – ÁRVORE – Pessoas que o consulente se relaciona. - Troca de energia, de relacionamentos pessoais de compartilhar pensamentos e atitudes.Vitalidade, fertilidade, crescimento, prosperidade, otimismo, alegria, concretização de idéias.
6 – NUVENS - Turbulências momentâneas - Período de dúvidas, incertezas, instabilidade, confusão de sentimentos, falta de clareza na análise de problemas, mente tumultuada, tendência a tirar conclusões precipitadas, falta de visão das situações que o cercam, principalmente na área profissional. Tempestade em copo d’água, dando importância a um problema sem muito valor. Cigana: Salomé.
7 – SERPENTE – Traição, intrigas e fofocas - Sinal de perigo. Energias negativas, que gera sentimentos de inveja, falsidade e traição. Brigas, desarmonias, discórdias. Alerta para ter cuidado com pessoas falsas e traiçoeiras que procuram nos prejudicar.
8 – CAIXÃO - Perdas e renascimento - Final de um ciclo, término de algo, uma transformação que nos leva a buscar novos caminhos e aproveitar uma oportunidade nova que surge, um renascer. Busca do desenvolvimento espiritual.
9 – RAMALHETE – Alegrias e felicidade - Amizades leais, amor universal, entendimento entre as pessoas, generosidade, fraternidade. Alegrias inesperadas, ideais realizados, amor correspondido e amizades duradoras. Cigana: Zoraia
10 – FOICE – Transformações, cortes - Situação difícil e delicada, onde um corte brusco, um rompimento ou uma perda se faz necessária para que haja um crescimento. Processo de transformação, reavaliação ou reformulação, necessário a nossa evolução pessoal.
11 – CHICOTES - Momento de magia - Prenunciam disputas e desarmonia no relacionamento familiar, brigas com amigos ou sócios. Essa energia, envenena a atmosfera em nosso ambiente familiar, profissional e resulta de um desequilíbrio espiritual. A força superior, intuitiva deve ser canalizada positivamente.
12 – CORUJAS - Romance, namoro, decisões a tomar utilizando sabedoria. - Alegrias. Devemos estar preparados para compartilhar, saber dar sem pedir ou cobrar nada em troca. Sugere concretização através de somar nossa experiência com a do outro. A coruja simboliza o dom de clarividência, pressagiar eventos.
13 – CRIANÇA – Inocência, alegria ou filhos - Inocência, otimismo, alegria de viver, ausência de medo de se arriscar, fragilidade, imaturidade, irresponsabilidade. Ciganinha: Carmelita
14 – RAPOSA – Cautela - Sagacidade, esperteza, rapidez e flexibilidade de nossas ações,muitas vezes fundamentais à nossa sobrevivência. Pessoa esperta querendo tirar proveito próprio.Cuidado com falsos amigos e armadilhas. Cigana: Madalena
15 – URSO - Amigo urso e falso - O urso é poderoso, violento, incontrolável, cruel, bruto.
16 – ESTRELA – Sorte e brilho - Cuidados com nossa própria imagem e alerta para conservar nosso brilho pessoal em todas as situações. Boa sorte e êxito. Hora de confiar em nossa estrela. Sucesso perante as dificuldades. Representa a luz que nos guia, mostrando o caminho que devemos seguir para atingir o topo. Cigana: Iris
17 – CEGONHA - Novidades, nascimento - Surpresas, viagem aérea, notícias inesperadas, gravidez. Algo novo que esta por acontecer. Necessitamos nos adaptar as mudanças, ousar, abandonar o ninho protetor, alçar vôo e descobrir novos horizontes, voltado apenas a nossa natureza interior.
18 – CÃO - Amigo fiel e companheiro - Fidelidade, amizade sincera, vida social. Ficar em guarda contra ataques, perigos e ameaças de nossos inimigos. Soluções de ordem material ou afetiva com ajuda de parentes e amigos. Hora de assumir posição firme.
19 – TORRE - Espiritualidade. Prisão da matéria. - Tempo de ter paciência, tolerância e saber esperar. Pede prece, meditação, entrar em contato com seu “Eu”.
20 - JARDIM – Honrarias, depende de seu esforço – Livre-arbítrio. Ambiente que nos cerca, os limite conhecidos. Coisa e pessoas que nos cercam. Tudo aquilo que depende única e exclusivamente de nosso esforço e escolha. Estabelecer novas metas e ações adequadas. Reflexão sobre nosso comportamento e reações diante das pressões sociais em nossa existência.
21 – MONTANHA – Justiça, assinaturas de contratos. - Grandes dificuldades e desafios, para ser combatidos com equilíbrio, firmeza, perseverança e justiça. Estar atentos aos documentos, procurações ou processos importantes. Cigano: Wladimyr
22 – CAMINHO – Os caminhos estão abertos - Livre arbítrio, força de vontade, persistência, descoberta de coisas novas. Ciganos da estrada
23 – RATOS - Desgastes emocionais ou financeiros. - Indica cansaço relacionado à situação que se apresenta. Desgaste de energia tanto no aspecto físico, afetando a saúde, como no campo material e financeiro, onde perdas e roubos podem acontecer.
24 – CORAÇÃO - Pessoa ligada sentimentalmente ao consulente. - Compartilhar afeto e carinho, dedicação e sentimentos profundos. Sistema nervoso expressando sentimentos. Agindo pela emoção, pode-se tomar atitudes impensadas, loucas, intempestivas. Cigana: Carmem
25 – ALIANÇA - Casamento, sociedade ou união com pessoas que irão ajudá-lo.- O símbolo do anel une e isola. Têm valor sacramental: ele é a expressão de um voto. Pode indicar noivados, casamentos, associação comercial ou até organização de equipes de trabalho ou estudos.
26 – LIVRO - Lugar que estuda ou trabalha. Pode significar a cabeça. -A necessidade de aprimoramento intelectual no trabalho para crescimento profissional. Necessidade de estudar ou se dedicar mais nos estudos. Auto descobrimento.
27 – CARTA - Aviso por qualquer meio de comunicação.- Chegada de uma mensagem ou é o indício de que algo será revelado. Assuntos serão resolvidos de uma maneira não esperada.
28 – HOMEM - Significa o consulente ou qualquer homem relacionado com a consulente.
29 – MULHER - Consulente ou mulher relacionada como consulente.
30 –LÍRIOS - Período de Paz - Tranqüilidade, pureza, harmonia, período feliz, início de um novo ciclo ou fim das dificuldades. Santa Sara
31 – SOL – OXALÁ - Crescimento, brilho energia. - Energia Positiva, vitalidade, força, luz e calor. Fase de crescimento, auto-afirmação, de prosperidade e sucesso.
32 – LUA - Intuição. Momento de tristeza e depressão. - Momento de glória e de reconhecimento. Devemos estar atentos a nossa intuição e sensibilidade, conhecer e respeitar nossas necessidades interiores. Forte ligação espiritual. Momento de ter nosso valor reconhecido. Ajuda ou proteção de pessoa maternal. Cigana: Mamiorí
33 – CHAVE – Soluções. - Saída das dificuldades. Fim dos mistérios e sofrimentos. Alerta que todo problema tem solução, sendo apenas necessário empenho e dedicação.
34 – PEIXE - Matéria, dinheiro. - Felicidade, Realização e Prosperidade. Nascimento, regeneração, sabedoria. Lucros em novos empreendimentos ou de que o esforço perante o trabalho realizado será recompensado. Cigana: Sulamita
35 – ÂNCORA - Firmeza e segurança. - A âncora firme na areia significa segurança. Estabilidade material e emocional. Momento ideal para concretizações de projetos. Simboliza solidez, fidelidade, tranqüilidade. Pode simbolizar também os patrimônios conquistados pela pessoa.
36 – CRUZ - Vitória perante a cruz que se carrega. - As dificuldades podem ser vencidas desde que continuemos lutando, com otimismo e cabeça erguida, pois este não é o momento de esmorecer. Todos os Ciganos

Oxum


Oxum

Senhora da fertilidade, da gestação e do parto, cuida dos recém nascidos, lavando-os com suas águas e folhas refrescantes. Jovem e bela mãe, mantém suas características de adolescente. Cheia de paixão, busca ardorosamente o prazer. Mulher vaidosa, é a mais bela das divindades e a própria malícia.

É sensual e exibicionista, consciente de sua rara beleza, e se utiliza desses atributos com jeito e carinho para seduzir as pessoas e conseguir seus objetivos.

ARQUÉTIPOS

Pessoas graciosas e elegantes, com paixão pelas jóias, perfumes e vestimentas caras. São o símbolo do charme e da beleza. Voluptuosos e sensuais, porém mais reservados que Oyá. Sob a aparência graciosa e sedutora, escondem uma vontade muito forte e um desejo de ascensão social.

LENDAS

Quando Oxalá estava criando o mundo, escolheu Oxum para ser a protetora das crianças. Ela deveria zelar pelos pequeninos desde o momento da concepção, ainda no ventre materno, até que pudessem usar o raciocínio e se expressar em algum idioma. Por isso, Oxum é considerada a deusa da fertilidade e da maternidade. Por sua beleza é também tida como a deusa da vaidade, sendo sempre representada por uma figura jovem e bonita, olhando-se em seu espelhe e abanando-se com seu leque. Segunda esposa de Xangô, considerada a mais bela de todas, teria sido presa pelo marido ciumento na torre do castelo que habitavam. Passando por ali, Bará ouviu o choro de Oxum e quis saber a razão de sua tristeza. Após ouvir a história, pediu a Oxalá que intercedesse por ela. Este assim o fez, espalhando sobre Oxum um pó mágico que a transformou em pomba, possibilitando sua fuga. Por isso a pomba é considerada um animal sagrado.

Oferenda: cangica amarela, mel, quindins, flores, perfumes, tudo ajeitado em uma bandeja enfeitada com papel amarelo.

Local de entrega: rios, cachoeiras, praias.

Domínio: Responde com Bará Ajelú , pelas crianças, aberturas de caminhos e dinheiro; Responde com Xangô na pedreira, pelos negócios, justiça e crianças;

Responde na mata com Ossanha , pelos negócios, dinheiro, saúde.

Responde nas águas com Yemanjá e Oxalá, por clareza, fertilidade, prosperida , paz e harmonia.

Oxum uma das divindades mais homenageadas e aclamadas do panteão africano, por ser ela dona do ouro, amor e fertilidade. Inovada para resolver problemas amorosos, financeiros e saúde em crianças, bem como problemas com gravidez. Grande mãe do amor, sempre socorre a todos, ajudando em todas as causas, como tem ligação com todos os demais Orixás, nada lhe passa desapercebido e não há nada que não consiga

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